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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Stock Car? Adooogo.

São Paulo, 07 de maio de 2010 - (Preciso dormir…) -

Antes de iniciar minha inútil opinião sobre o caso da nova novela da Globo, preciso que vocês entendam alguns pensamentos da mesma forma que eu entendo. Dizem que sou polêmico, prefiro me denominar como prático. Logo, preciso explicar minha praticidade.

Caso vida real.

Não sou preconceituoso. Existe uma grande diferença entre ter um pré-conceito e um conceito sobre alguma coisa e é isso que eu tenho, conceitos. Não sou do tipo que sai na rua chutando ou desrespeitando negros, gays e todos aqueles que se auto denominam injustiçados e vítimas. Apenas não caio nesse joguinho de ter que seguir a “norma” que a sociedade atual criou e ser mais um babaca seguidor do “politicamente correto”, se é que isso existe. Exemplifico. Se der vontade de me referir a um negro como preto, farei. Assim como se tiver que chamar um gay de bicha, também farei. Não me sinto ofendido e nem venço processo se alguém me chamar de branquelo, clarinho ou machão. Portanto, direitos iguais. Pensando de uma forma prática, minha cor é branca, a do outro é amarela, preta, roxa, azul ou seja lá o que for, então é assim que vou me referir, caso tenha vontade. Cotas. Para que cota? Isso é discriminação dos próprios negros. Eles são menos inteligentes que os brancos? Eles deveriam lutar contra isso, não comemorar a “conquista”. O nome disso é safadeza. Se eu fosse japonês, ia querer uma cota também. Aliás, acho que vou exigir uma cota para os diabéticos, tadinhos de nós. Sugiro cadeia para o inventor dessa merda.

No caso dos gays, meu pensamento é diferente, mas segue a mesma linha. Tenho mais de um amigo gay que por diversas vezes sentam na minha mesa para tomar cerveja comigo e dar risada em qualquer lugar que seja. Não me importa qual é a opção sexual dele. Em suma, se ele gosta de dar a bunda e beijar homens na boca, que dê e que beije, mas que faça isso no local onde deve ser feito, ou seja, na casa dele, no motel, numa balada gay ou num shopping gay, sei lá. Seja gay, mas seja homem. Não precisa fingir ser mulher. Nunca vou achar normal um casal de homens se beijando na minha casa ou ver um homem desmunhecando, com shortinho enfiado na bunda, fazendo caras e bocas, como aquele anormal que esteve no último BBB.

Ah, então você é homofóbico! – dirão os que se auto intitulam “politicamente corretos” - Porque você pode beijar sua namorada na frente de todo mundo e o gay não pode fazer o mesmo com o namorado dele?

Simples. Porque a sociedade é assim e sempre foi assim, desde os primórdios, até hoje em dia, já diz o sábio cantor. Não, eu não sou quadrado, só tenho um pensamento sóbrio de como as coisas devem ser. Cada um no seu cada qual, diria uma velha conhecida ou cada um no seu quadrado, diz a cantora acéfala.

Repito. A opção de cada um sempre será respeitada por mim. Só não vou achar normal e não vou estar no meio dessa gente que foge do padrão da sanidade mental. Isso serve para viados exagerados, emos, góticos, tatuados no rosto etc etc etc.

Será que me fiz claro? Não gosto de quem quer chocar e aparecer usando sua forma “diferente” de ser e depois se achar um coitadinho,  é simples assim.

Caso novela

O que me revolta na Rede Globo, agora vamos entrar no assunto em pauta, é que, cada dia que passa eles mostram coisas que sempre foram absurdas, aqui ou em marte, como se fosse a coisa mais normal do mundo. E a sociedade, principalmente esses que se deixaram ser denominados como “politicamente corretos”, está caindo nesse jogo.

Desculpa povo. A menina ou menino de 11 anos não deve aprender tudo sobre camisinha, eles devem aprender que ainda não é hora de fazer sexo. Ser tetraplégico não é a coisa mais simples do mundo. Claro, temos que dar força e ajustar tudo e todos para que os deficientes tenham uma vida cada vez mais próxima do não deficiente, mas ele nunca será 100% independente, infelizmente. O cara que casar com uma tetraplégica, usando o exemplo da novela, terá sim que ser marido e babá ao mesmo tempo. Antes que alguém dê chilique, vou desenhar. O amor do casal é lindo e acredito que realmente ele possa acontecer. Mas não aceito que a globo queira passar que esse é um casamento como qualquer outro, simplesmente porque não é.

Essa televisãozinha de merda está transformando aquilo de deveria ser uma ajuda aos que precisam em banalização do mundo. Porra, não é por aí.

Aí vem a tal da novela nova, Passione, chama-se. Marcello Antony fará o papel de um playboy descolado que é piloto de stock car e zas.

Vamos lá.

Eu, como um patrocinador, já ficaria meio assim. A muito pouco tempo, o ator estava envolvido com drogas. Ok, vida real é uma coisa, novela é outra. Mas eu não tenho certeza se associaria a imagem da minha empresa a esse cara. (Agora entram os “politicamente corretos” dizendo: “porra, tem que dar uma chance pro cara, ele saiu do fundo do poço e voltou ao trabalho.”) Voltamos ao meu pensamento prático, que alguém chamará de ignorante. Primeiro, não acredito que ele tenha abandonado as drogas assim tão fácil. Segundo, foda-se, na dúvida não apostaria meu dinheiro e minha marca nele e bola para frente. Se quiser, patrocino um corredor de verdade. 

Os bananas da Stock aceitaram e arriscaram sua reputação, que já é quase nula, por medo e exigência da Globo. Reputação essa, que está abaixo de zero por culpa da própria Globo, diga-se. Até aí ok, dane-se eles. É mais uma forma de divulgar a categoria em horário nobre da maior rede de TV do país, devem ter pensado os organizadores.

E começam as gravações. Puta de um esquema, eles param o mundo para gravar a porra da novela. Mobilizam pilotos, fiscais, equipes e o próprio autódromo para tal, mas até aí, é o dinheiro falando mais alto.

Hoje vem a notícia que o piloto será descoberto gay, durante o decorrer da novela.

Ah não, calma lá. Aí perdeu-se o respeito por todos. Alguém perguntou se todos esses que se mobilizaram estariam de acordo com esse papo gay? Será que Carlos Alves, o dublê, todos os outros pilotos que certamente dividirão cenas da novela, os patrocinadores da categoria e todos os outros estavam de acordo? Será que o mundo real da Stock quer isso? Os organizadores, certamente sim. Eles tem medo daquela que cada vez mais tenta acabar com a categoria. Será que o Galvão e o babaca do filho dele gostaram da idéia? Eu vi um monte de piloto reclamando via twitter. Entendam, um piloto gay seria bem vindo na categoria, certamente. Se bobear, traria mais marketing para ela, assim como as mulheres e os negros trazem, por serem minoria. O público, aliás, sempre torce pela minoria. Mas no caso da novela, foi totalmente desnecessário. Isso é banalizar uma coisa séria, desmoralizar totalmente uma categoria do automobilismo nacional por uma novela. Estão fazendo tudo parecer uma grande brincadeira.

Resumindo tudo em uma única frase, a explicação para aqueles que julgaram ser homofóbicos os que se assustaram com a notícia do piloto gay é essa:

Para que fazer isso? Precisava? Alguém tem dúvida que isso vai virar piada?

Como diria um grande amigo meu, como uma pontona de exagero, claro. “É tudo esquema, Globo e EUA.”

Eles vão dominar o mundo, dominando a cabeça das pessoas.

 

Pior de tudo é perder mais de uma hora da minha vida escrevendo isso, tendo certeza que um monte de gente vai continuar dizendo que é preconceito, homofobia e bla bla bla. 

Na verdade, nem sei se consegui dizer aquilo que realmente queria, estou com sono e vou dormir, tchau.

Globo, agente se vê por aí.

 

Technorati Marcas: ,,

3 comentários:

Pedro disse...

Não vejo problemas no piloto personagem ser gay. Aliás, é capaz de ter piloto gay no grid de verdade. Not my business e não interfere em nada nas habilidades como piloto. Tampouco acho que seja desmoralização para a categoria.

A Islândia não foi desmoralizada por ter eleito uma primeira ministra gay. E aqui temos alguém num cargo relevante, na stock apenas pilotos de carros de corrida.

Com relação às drogas, não é só o ator que tem histórico de uso, não é mesmo? Aliás, se o personagem usasse drogas ficaria mais fiel à realidade de piloto de stock car. Mas, novela é ficção, né?

Marcelo Torrão Ramaciotti disse...

Pedro, obrigado pelo comentário!

Não concordo, mas entendo seu ponto de vista.

Quanto ao seu último parágrafo, simplesmente perfeito.

Abs.

Fernanda Bengezen disse...

Torrão!!! Apesar de não ter me enviado seu blog, encontrei!!
A propósito, adorei seu texto sobre "Caso vida real" e concordo em tudo! Eu sendo loira e branca, se me chamam de "branquela" ou de alemã, isso é uma forma de preconceito e nem por isso, como disse você, "venço processo". Quanto às cotas, incluo o exemplo de assento para idosos, gestantes, deficientes em metrô ou ônibus, isso deveria ser questão de educação e não de obrigação!!!

Parabénss pelo blog!!

bjokass

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