São Paulo, 14 de março de 2012 - (Me fodi…) -
Não reclamo de pagar multas por excesso de velocidade. Se passei no radar acima do limite permitido, tenho que pagar por isso e problema meu. Aliás, sou a favor da não obrigatoriedade de placas avisando se a via tem ou não radar. Os motoristas tem que andar na velocidade permitida o tempo todo, e não só onde existe o radar, problema de cada um. O problema que diz respeito a prefeitura é apenas avisar o limite da via, coisa que nem sempre acontece. Se o aviso fosse como da foto que ilustra o post, certamente todos brecariam (os homens para babar e as mulheres para dizer o quão gorda ela é) e multas não seriam necessárias. Mas o ponto aqui é outro.
Em menos de 20 dias, tomei quatro multas por excesso de velocidade, uma média, duas graves e uma gravíssima. Pelo site que o Bruno Franco me passou pelo twitter, meu prejuízo foi de R$ 915,13, fora os 21 pontos na carteira e a detenção da habilitação. Até aí, ok, problema meu. Salvo um fato. O tempo de distância entre uma multa e outra.
Vamos lá. As duas primeiras, com o carro da Nanda Knox, voltando do aniversário da Gi, esposa do meu parceiro e irmão De Luca.
Como vocês podem ver, uma às 2:45 e a outra às 2:46. Fazendo uma conta rápida, estava andando numa velocidade média de 78,5 km/h. Considerando um minuto andando nessa velocidade, a distância entre os radares era de 1,30 kms. Radares esses que estavam na mesma rua, inclusive.
Na outra, com meu próprio carro, se é que posso chamar um C3 assim, voltando do sambódromo no carnaval, é quase o mesmo caso.
Multas às 7:05 e 7:06, com uma média de 77,5 km/h, o que da uma distância de entre os radares de 1,29 kms.
Vamos pensar um pouco…
Meu ponto principal é: Será que não estou pagando duas vezes pelo mesmo “delito”? Na minha concepção de certo e errado, estou. Acho que é preciso tomar muito cuidado com a pequena diferença entre punir infrações e se aproveitar delas para tomar nosso dinheiro. Multas e radares deveriam ser feitos para reeducar e punir infratores, não para ser uma arma que nos assalta na cara larga. Isso porque estou falando de casos isolados, sem falar de um zilhão de outras multas absurdas que vemos por aí, a bosta da controlar, etc etc etc.
Enfim, me sinto roubado, de verdade. E sabem o que me resta? Pagar, tirar outra carteira e calar a boca.
E aí, de quem é realmente o problema? De quem realmente o problema deveria ser?
