Tempo para a próxima corrida de Fórmula 1

sábado, 8 de novembro de 2008

Gp do Brasil

Guarujá, 08 de novembro de 2008 - (Acordooou, para escovar os dentes e ir para a cama...) -





Bom turminha, não foi fácil para mim, nem para ninguém...

Não vou muito além daquilo que já foi dito, mesmo porque TUDO já foi dito por aí, fotos e vídeos postados, comentários feitos etc etc.

De qualquer forma, não poderia deixar passar o melhor GP Brasil da minha pequena vida de 26 anos em branco.

Desde 1994 vou a interlagos, cada hora em um lugar diferente. Já fui no setor A, G, M, D, Padock e como fiscal de pista, inclusive. Apenas nos meus 3 primeiros anos paguei. Não que não valha, mas acho muuuuito caro e abusivo. Como sempre ganhei, não me permito pagar. Como não ganho mais, assisto no conforto do meu lar, comendo pipoca e acordando a hora que quero. A farra lá é muuuuito bacana, o clima todo é legal, mas a tempos não tenho mais esse pique todo. Claro que se ganhar novamente irei, coisa que não faço a três anos, ou seja, nunca vi um brasileiro ganhar por aqui ao vivo, devo ser pé frio.

Foco no GP de 2008, porque se não conto toda a minha história em interlagos desde 89.

Que coisa incrível... Acordei cedo, já querendo que alguém estivesse transmitindo, o que obviamente nossa "querida" rede globo só fez meia hora antes do evento, afinal, passar desenho é muuito importante.

Bandeira da Ferrari na janela, olhos colados na TV. Na sala, somente eu, Coisuca, papai e mamãe, por opção, para conseguir assistir a corrida. Meu amigo Heitor manda uma mensagem, confiante, assim como eu, certamente esperando pelo título. Largada dada, tudo nos conformes, vejo até meus antigos colegas fiscais de pista pela TV.

Primeiro susto, uma toyota roda e parece que vai azedar a maionese, com Hamilton em posição confortável.

Meio da corrida, mamãe pede mais cerveja na padaria para tomar com a norinha, enquanto eu e papai matamos meia garrafa de vodka fazendo caipirinhas.

Corrida boa, mas tudo correndo a favor do inglês, até que vi as nuvens pretas no esse do Senna e percebi que choveria. Essa chuva iria mudar o resultado e Felipe seria campeão. Peguei o celular e disse, por SMS, ao meu amigo Heitor, vai chover, é agora.

Batata. Mais 2 voltas e veio a chuva. Não que Felipe seja o melhor nela, mas aqui ele é soberando, e minhas previsões diziam que Hamilton ia tremer de novo, portanto, a hora era aquela. Heitor responde a mensagem, no exato momento que Vettel ultrapassa Lewis. Tinha a certeza que ali o Brasil estava com o título. Sabia que o alemãozinho não deixaria o inglesinho passar até o final, sabia que Felipe venceria e nem imaginava que Glock ainda estava na parada. Resultado? Celular na parede, boné na parede, bandeira arrancada da janela e colocada nas costas, gritos infernais saindo de minha garganta e olhares de surpresa daqueles que me amam (inclua o porteiro, moro no primeiro andar).

Comemorei, como nunca comemorei nada em minha vida. Odeio futebol e na época do Senna era pequeno e título de Fórmula 1 era uma coisa comum para mim. Gritei muito, a ponto de não conseguir falar direito na segunda-feira, pulei, chorei muuuuito, abraçei mamãe, papai, Coisuca com muito amor e alegria. Olhei novamente para a televisão. Vi Titônio, Dudu Massa e Thiago Camillo com cara de bunda. Um gosto amargo surge em minha boca. Namorada de Lewis comemora. Meu mundo para. Consigo ouvir Galvão, ver a classificação e raciocínio, depois de uns 5 minutos de emoção constante. Percebo. Não, não foi dessa vez, o título não é nosso. O fdp do Glock (coitado, não tem nada a ver com AS cagadas da Ferrari e A cagada do Felipe durante o ano) estava lento, com pneus de pista seca e não segurou o verdadeiro campeão de 2008, Hamilton.

Duro dizer, mas tenho que entender. Ele e sua equipe foram os melhores do ano e venceram o campeonato, simples assim. Como diz Flávio Gomes, existe muita coisa por aí além da Fórmula 1.

Esse ano todos devem dizer, PARABÉNS Fórmula 1, PARABÉNS Hamilton e Felipe, PARABÉNS São Pedro, PARABÉNS todos, vocês fizeram acontecer. Nossa Fórmula 1 está de volta. Que campeonato, que corrida!

Heitor me liga, de Alfenas, desesperado assim como eu. Choramingamos juntos e nos entendemos, por uns 2 únicos minutos. Foi o único que atendi até a chegada da segunda-feira. Cito esse garoto, pois é o único amigo que gosta tanto de automobilismo quanto eu e sabe o que essa paixão sifgnifica.

Felipe chaga aos boxes chorando, coisa que nunca faz. Me senti ali, ao lado dele, assim como muitos brasileiros que são fanáticos assim como eu.

Vi o pódium, chorei de novo.

Acabou o pódium vi a entrevista coletiva, puto da vida.

Fui dormir de ressaca.

Acordei de noite e trabalhei chateado.

Jantei e fui dormir triste.

Acordei na segunda como em todas as outras segundas, mas agora esperando 2009, sedento pelo título.

Se eu estou assim, imaginem como estão Felipe Massa e Ferrari?!

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